Boletim #70 (16 de abril de 2021)
Somos Coimbra propõe que Câmara Municipal crie Conselho Estratégico para o Desenvolvimento de Coimbra
Somos Coimbra propõe que Câmara Municipal crie Conselho Estratégico para o Desenvolvimento de Coimbra
Recentemente, a Feedzai, startup de tecnologia financeira com sede no Instituto Pedro Nunes, tornou-se no 4º unicórnio português (empresas de grande crescimento que atingem uma avaliação superior a mil milhões de euros), sendo o único que mantém sede em Portugal. Essa sede é em Coimbra, cidade onde a empresa nasceu e em cuja Universidade os seus fundadores estudaram. A Feedzai demonstra bem o enorme potencial do concelho e da Universidade, que a atual Câmara Municipal de Coimbra (CMC) não tem sabido aproveitar, promover e desenvolver, tal como alertou José Manuel Silva, na passada reunião de executivo.
Nesse sentido, o vereador fez questão de se comprometer, caso assuma a presidência da CMC, “a trabalhar com os empresários para desenvolver o concelho, captar mais investimento e criar emprego, pois este é o melhor e mais proficiente caminho para ajudar a resolver os graves problemas sociais e o despovoamento do concelho de Coimbra”.
Assim, o Somos Coimbra voltou a propor à CMC a criação do Conselho Estratégico para o Desenvolvimento de Coimbra, para implementar novas estratégias e resolver os obstáculos burocráticos que afastam os empresários do concelho.
Caso o Somos Coimbra seja eleito para governar a autarquia, José Manuel Silva comprometeu-se também com uma visita à Feedzai, que deve ser distinguida pela CMC e que justifica um agradecimento pela sua resiliência em manter a sede na cidade.
“Com esta simbólica visita, que efetuaremos igualmente a outras empresas, iremos também dar um claro sinal da nossa vontade em colaborar com o mundo empresarial, atrair investimento e talentos, estimular a economia, promover o desenvolvimento e a criação de emprego e impulsionar o crescimento sustentável do concelho de Coimbra. Transformaremos Coimbra num dos concelhos com maior crescimento económico do país”, concluiu o vereador.
Ler intervenção na íntegra aqui.
Somos Coimbra alerta: Plátanos do Parque Manuel Braga em risco com as obras de estabilização das margens do rio
O parque Manuel Braga é um dos parques verdes mais emblemático da cidade e o alinhamento dos seus plátanos marca a imagem de Coimbra. Por isso, preservar a sua saúde deveria ser uma prioridade e obrigatoriedade da CMC.
No entanto, isso não está a acontecer, tal como alertou a vereadora Ana Bastos, na última Reunião de Câmara. No âmbito das obras de estabilização das margens do rio, a requalificação do parque, consignado à empresa ABB em julho de 2020, integra o reforço dos muros que, se executados nos termos previstos no projeto, levará à morte, quase certa, de todo o alinhamento de 36 plátanos junto ao rio.
Esta conclusão é de especialistas em agronomia que estudaram as condições fitossanitárias dos plátanos, em março passado, e dos previsíveis impactes que a solução projetada e os correspondentes métodos de construção terão na sua condição mecânica e biológica. A solução assente na construção de duas fiadas de mico estacas em betão e no enchimento de parte do talude em betão armado, com a inevitável perfuração das raízes dos plátanos e trepidação dos processos construtivos (escavação e compactação), irão alterar e impermeabilizar a estrutura do solo e de todo o seu ecossistema e interferir de forma irreversível com o coberto vegetal do talude, provocando a degradação anaeróbia da matéria orgânica, a asfixia e a morte radicular.
Face ao alerta do Somos Coimbra em Reunião de Câmara, a resposta do vice-presidente da autarquia foi a de negação. Carlos Cidade garante que os plátanos não serão afetados, todavia uma leitura atenta ao Parecer sobre a estabilização das margens do rio Mondego mantendo a vegetação ribeirinha do Parque Manuel Braga, da autoria de Luís Miguel Martins (UTAD), aponta exatamente o contrário. Apesar de a comunicação social local ter demonstrado interesse nesta matéria e mesmo tendo sido disponibilizado o parecer aos jornalistas, nada foi noticiado sobre este tema.
O risco que correm os plátanos recorda-nos o recente crime ambiental levado a cabo pela CMC entre o Rebolim e a Portela, com derrube massivo de árvores e a destruição do coberto vegetal e da galeria ripícola, onde, para tentar abafar a grande onda de contestação, a CMC viu-se obrigada a promover a replantação à pressa de algumas árvores como forma de mitigar o descalabro. No entanto, tal como alertou a vereador Ana Bastos na última Reunião de Câmara, não há qualquer plano a orientar estas ações de reflorestação.
Cartoon da autoria do Movimento Humor
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Convento de São Francisco: Números anunciados pela CMC representam apenas 5% da capacidade instalada
Segundo a comunicação social, o Convento de São Francisco (CSF) recebeu 335 mil pessoas em cinco anos e a CMC regozijou-se muito com este número. Ora, somando a lotação oficial das 12 salas de eventos e reuniões do CSF, a ocupação máxima durante os 5 anos, a 360 dias por ano, com um único evento diário por sala, seria de 6381000 pessoas, mesmo sem contra com todas as outras estruturas do convento, para além das salas. Isto significa que as 335 mil pessoas representam apenas 5% da capacidade instalada.
Assim, o vereador propôs que seja dada uma verdadeira autonomia de decisão e de organização à equipa de gestão do CSF, ou, como também já foi proposto anteriormente pelo Movimento, que seja avaliada a criação de uma empresa municipal para gerir a estrutura.
A propósito desta intervenção, a vereadora Carina Gomes acusou José Manuel Silva de estar “a falar mal” do CSF, já numa segunda intervenção feita no período antes da ordem do dia. De forma a demonstrar que não criticou o CSF mas sim a sua gestão, José Manuel Silva pediu várias vezes para intervir em defesa da sua honra. Porém, o presidente da autarquia recusou este pedido, mesmo tendo concedido uma segunda ronda a vereadores socialistas. Perante este abuso de poder e atitude antidemocrática de Manuel Machado, José Manuel Silva abandonou a reunião, para marcar uma posição forte de protesto. Pode ler a opinião que o vereador assinou em vários órgãos locais a explicar o sucedido aqui.
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Somos Coimbra sugere que CMC desenvolva aplicação para smartphones semelhante à FixCascais
Muita gente se queixa do lixo e dos monos que não são devidamente recolhidos, de contentores que não são devidamente limpos, de uma cidade suja e mal cuidada, tal como já alertou o Somos Coimbra. Paralelamente, são bem conhecidas as dificuldades de contacto das pessoas com a CMC, o que muitas vezes as desincentiva.
Nesse sentido, na última Reunião de Câmara, o Somos Coimbra propôs, formalmente, que a CMC copie o bom exemplo de Cascais, e de outras Câmaras, e desenvolva uma aplicação para smartphones semelhante à FixCascais, por exemplo. A FixCascais integra-se numa política de cidadania responsável, em que cada cidadão, residente ou visitante, é convidado a dialogar e a ajudar a Câmara a melhorar o seu território, reportando diferentes tipos de situações, como calçadas ou estradas danificadas, sinalização de trânsito mal colocada ou avariada, necessidade de limpeza de ruas e outros espaços, combinar a recolha de monos, etc.
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Capital Europeia da Economia Social: CMC deveria ter envolvido de forma ativa outras instituições
Na passada Reunião de Câmara, foi apresentada a Carta de Compromisso da Rede de Cidades Portuguesas – Capital Europeia da Economia Social 2020/2021. A vereadora Ana Bastos fez questão de saudar a iniciativa, mas alertou para o facto de a CMC não estar a envolver de forma ativa as instituições da cidade que poderiam conferir outra relevância e peso à participação de Coimbra nesta rede.
Ana Bastos referiu ainda o número de eventos das várias cidades envolvidas. Sendo certo que nem todos os eventos têm a mesma relevância, Torres Vedras assume a organização de 13 eventos, Sintra de 11, Braga de 10, Cascais de 7, enquanto que Coimbra se fica pelos 5.
É ainda de lamentar que Coimbra continue a não envolver as suas instituições de ensino superior, que neste tipo de programas podem fazer toda a diferença.
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A “aberração técnica” criada na rotunda da Boavista
Coimbra teve recentemente direito a referência nos órgãos de comunicação social nacional, infelizmente pelas piores razões: a “aberração técnica” criada na rotunda da Boavista. Por decisão da CMC foi marcada uma passagem para peões e ciclistas com mais de 35 m de comprimento, num local que não lembra nem aos mais criativos.
A propósito, a vereadora Ana Bastos alertou que, em segurança rodoviária, deve optar-se por soluções padrão, previamente testadas com base em estudos científicos e validadas em estudos piloto. E não por soluções perigosas, quer para os peões quer para os condutores. O Somos Coimbra propôs que a CMC elimine tal travessia antes que aí aconteça alguma fatalidade.
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