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Em defesa da honra

Artigo assinado por José Manuel Silva em vários órgãos locais e aqui reproduzido a explicar porque abandonou a Reunião de Câmara de 12 de abril


Por ter sido impedido de o fazer pelo Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, recorro à imprensa livre para poder proceder à defesa da honra, depois de ultrajado por uma vereadora socialista na última reunião do executivo camarário.


Não obstante a minha serena insistência, o socialista presidente da CMC recusou repetidamente permitir-me uma curta intervenção em defesa da honra, como demonstra a filmagem feita por um órgão de comunicação, depois de conceder que a vereadora Carina Gomes usasse da palavra pela segunda vez, no período antes da ordem do dia, para me ofender.


Perante este grave abuso de poder, fruto da sua personalidade prepotente e antidemocrática, tomei a firme decisão de abandonar a sala de reuniões, exigindo que o sucedido ficasse registado em ata, para marcar um veemente protesto contra o impedimento do direito de resposta e reposição da verdade, que solicitei em defesa da honra.


Somente perante um requerimento de um vereador da oposição, colocado à votação já quando eu abandonava a sala de reuniões, iria então ser-me concedida a palavra. Tarde demais.


Porque pedi a defesa da honra?

Na intervenção de 5 minutos, a que todos os vereadores têm direito no período antes da Ordem do Dia da reunião camarária, critiquei a gestão do Convento de São Francisco, afirmando que “as 335000 pessoas que a Câmara anunciou pomposamente terem passado pelo Convento São Francisco durante estes 5 anos, representam apenas 5% da capacidade instalada, o que é realmente muito poucochinho. Uma taxa de utilização de 5% não é gestão, não é cultura, não é política de congressos, mesmo descontado o ano da pandemia! Daqui decorre o enorme prejuízo anual que gera, que estimamos na ordem dos 2 milhões de euros, além de contribuir pouco para o dinamismo económico, cultural, artístico e turístico de Coimbra.” Propus ainda soluções para melhorar a gestão do Convento.


Entendeu a vereadora Carina Gomes invetivar-me injuriosamente por “estar a dizer mal do Convento de São Francisco”!


Ora, o que eu pretendia corrigir e reafirmar, em defesa da minha honra, é que em momento algum eu disse mal do Convento, bem pelo contrário.


O que eu fiz, e mantenho, foi criticar a má gestão do Convento de São Francisco, da responsabilidade da coligação PS-PCP, que desaproveita as imensas capacidades e a enorme qualidade deste equipamento, com prejuízo para Coimbra, para a cultura e para o turismo.

Pretender confundir uma crítica à gestão com uma crítica ao equipamento, tentando virar o bico ao prego, revela uma confrangedora falta de argumentos para responder tecnicamente e sem insultos gratuitos à justa crítica efectuada.


A Câmara Municipal e Coimbra merecem mais e melhor.



José Manuel Silva

Vereador sem pelouro da Câmara Municipal de Coimbra pelo movimento Somos Coimbra

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