Se a adutora de água da Av. Fernão de Magalhães rebentar, uma grande parte da cidade de Coimbra fica sem água nas torneiras, por um período que pode ser muito longo. Se o emissário geral de esgotos da mesma avenida rebentar, uma parte substancial da cidade fica sem poder utilizar os esgotos. O grave estado destas canalizações gerais, muito antigas, exigindo solução muito urgente pois pode acontecer uma desgraça a qualquer momento, foi uma das más notícias que a nova gestão camarária recebeu logo depois de tomar posse. Imediatamente se estudou uma solução que, após acordada com a Águas do Centro Litoral, empresa pública responsável por essas tubagens, foi colocada à discussão na reunião da Câmara Municipal de 20 de dezembro de 2021 (assunto começa aos 2:45:30 do vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=SvDplNiJgkU ).
A solução consiste em aproveitar as obras na Av. marginal/Aeminium, fechada ao tráfego há vários anos por causa das obras nos muros da margem do rio, para construir aí as canalizações de grande calibre que são necessárias para se poder desativar as existentes na Av. Fernão de Magalhães. É uma obra paga pela Águas do Centro Litoral, que não tem custos adicionais relevantes para a Câmara de Coimbra. Evita uma interrupção da circulação na Av. Fernão de Magalhães para obras que seriam sempre muito longas e complexas. Implica ainda uma simplificação da empreitada atualmente em curso na Av. marginal/Aeminium, retirando-lhe a pavimentação da avenida, pois não faz sentido colocar asfalto para logo a seguir o partir de novo, nem faz sentido, para uma obra tão urgente, estar à espera que essa pavimentação seja feita para então começar a obra da adutora e emissário - ganha-se cerca de meio ano.
Surpreendentemente o Partido Socialista votou contra, invocando que a Câmara Municipal pode perder o financiamento destinado a essa pavimentação, cerca de meio milhão de euros! O PS quer que a pavimentação seja feita, mesmo que seja para partir logo a seguir, desperdiçando dinheiro que pode ser usado para outro efeito mais útil! O PS não quer saber se uma obra muito urgente, que já devia ter sido feita há anos, pode ainda atrasar-se mais. O PS quer empurrar o problema com a barriga, fingindo que ele não existe: na sua declaração de voto nem fala no perigo de rebentamento das condutas. É isto que o PS soube fazer tão bem em 20 dos últimos 30 anos: empurrar com a barriga, fingir que não há problemas. Percebe-se bem porque definhou Coimbra nas mãos do PS.
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