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#96

Boletim #96 (10 de dezembro de 2021)

Partido Socialista deixa os Transportes Urbanos de Coimbra num caos, à beira da falência



Partido Socialista deixa os Transportes Urbanos de Coimbra num caos, à beira da falência

A vereadora Ana Bastos respondeu, na reunião da Câmara Municipal de 6 de dezembro, ao artigo hipócrita da anterior responsável pelos SMTUC, Regina Bento, publicado no dia 1 de dezembro no Diário de Coimbra. Ana Bastos lembrou que o PS comprou muitos autocarros usados, vários deles autêntica sucata, com mais de 1 milhão de quilómetros percorridos e valor comercial de zero euros, tendo alguns ficado imobilizados logo na viagem de vinda para os SMTUC. Ao mesmo tempo o PS comprou poucos autocarros novos, tendo mesmo desperdiçado metade do financiamento disponível para comprar autocarros elétricos novos. A equipa recém-eleita ainda tentou recuperar esse financiamento mas o prazo tinha passado - a má gestão do PS tem consequências. Por conseguinte, há muito que o número de autocarros avariados varia entre 35 e 45 viaturas. Dos 42 autocarros imobilizados no passado dia 2 de dezembro, 21 (ou seja 50%) estão-no há mais de 40 dias, portanto desde o tempo da gestão de Regina Bento, tão sucata são. Ana Bastos lembrou também que só em novembro de 2019 o PS reagiu à publicação, em 2015, do novo Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros, já fora de prazo, pelo que sujeitou a CMC a pedidos de indemnização por parte de operadores privados. Lembrou também que o PS alargou as carreiras às zonas sul e norte do concelho sem ter nem motoristas nem autocarros para tal, o que, em conjunto com o número elevado de autocarros avariados, provoca anulações diárias de carreiras, sem aviso prévio, deixando os munícipes nas paragens, sem capacidade para chegar a horas aos seus destinos. Isto causa uma grave quebra de credibilidade dos Transportes Municipalizados, que demorará anos a recuperar. Para piorar as coisas, o PS repôs em junho de 2021 o serviço de Ecovia nos mesmos termos de há vinte anos, como se repetir os mesmos erros tanto tempo depois fizesse desaparecer esses erros. Os autocarros andam vazios, desviando ainda mais recursos das carreiras normais, com ainda mais anulações. Um desastre!



Forte reforço da rede de fibra ótica no concelho de Coimbra protocolado com a Altice

Um concelho com perspetivas de futuro tem de ter uma boa ligação em fibra ótica à internet. O regime de teletrabalho e tele-educação que a pandemia nos trouxe tornou evidente a situação muito precária de grandes zonas do concelho, o que não é aceitável. A atual Câmara Municipal, apesar de estar em funções há menos de dois meses, iniciou imediatamente os contactos com as operadoras de telecomunicações, tendo já assinado um protocolo com a Altice. Entre outros aspetos relevantes, este protocolo representa um compromisso da Altice de, ainda este ano, cobrir com a rede de fibra ótica 95% dos lares da freguesia de Ceira, uma daquelas onde as limitações mais se sentiram nestes últimos anos, e até ao final de 2022 atingir uma cobertura em todo o concelho de pelo menos 95% das habitações. É um enorme salto qualitativo para colocar o concelho na rota do futuro. Não há atração de investimento para um concelho sem boas ligações à internet. Bastou a vontade de dialogar com os operadores para o conseguir muito depressa. Este protocolo, que a CMC está disposta a assinar também com outros operadores, permite igualmente o reforço das comunicações móveis e a partilha de condutas.



Silo automóvel para o Polo III da UC e Hospital da Universidade de Coimbra


Vai ser projetado um silo automóvel para servir quer o polo III quer o Hospital, a construir junto à atual entrada que permite, a partir da circular interna, aceder ao polo III. Não faria sentido existir um silo do lado do Hospital e outro do lado do polo III - construir apenas um, partilhado por ambos os lados, é uma ideia de bom senso, que ajudará a rentabilizar o investimento e a descongestionar a zona. Note-se que um silo é sempre necessário pois, mesmo com bons transportes públicos, há sempre pessoas que vão pontualmente, ou em urgência, ao Hospital (o silo ficará junto à nova maternidade), e precisam de usar viatura própria. O estacionamento à superfície, dentro do perímetro do Hospital, também vai ser ordenado, o que ainda aumentará mais os lugares de estacionamento. A maior objeção à localização da nova maternidade junto ao Hospital da UC, que era a dificuldade de acesso, será assim ultrapassada, reforçando a rápida decisão já tomada pela nova Câmara Municipal a fim de permitir que essa promessa há tanto tempo adiada se concretize.



Câmara ativa protocolo com a ASAE, que estava esquecido, para reforçar controlo das refeições escolares


Inexplicavelmente, um protocolo com a ASAE para reforçar o controlo de qualidade das refeições escolares estava há anos esquecido nas gavetas da Câmara Municipal. Sem custos relevantes para a Câmara, o protocolo foi agora finalmente aprovado e será colocado em execução de imediato, permitindo acompanhar muito melhor a qualidade das refeições servidas nas escolas de Coimbra, para além de dar formação aos técnicos da Câmara e das escolas.


Gabinete de Auditoria e Controlo Interno da Câmara Municipal vai passar a funcionar

Descobriu-se agora que o Partido Socialista não tinha ninguém no Gabinete de Auditoria e Controlo Interno da Câmara Municipal. Não é surpreendente, dada a forma tão opaca como o PS geriu a CMC - não gostava de escrutínio, nem sequer de um gabinete interno. É mais um elemento que permite perceber como é que a gestão autárquica anterior conseguiu deixar a Câmara tão disfuncional. Esta situação vai agora ser rapidamente alterada, pois a auditoria interna é uma função muito importante em qualquer organização complexa. Só se pode melhorar se se conhecer bem a realidade, através de olhos independentes. Como há necessidade de uma grande reorganização da CMC, o Gabinete de Auditoria e Controlo Interno será um elemento central nessa transformação.



Impacto financeiro negativo da descentralização em Coimbra vai ser estudado


A Câmara Municipal de Coimbra está a dialogar com a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra para ser feito um estudo detalhado sobre o impacto financeiro do processo de descentralização. Só na área da educação cálculos preliminares apontam para um prejuízo de entre dois a três milhões de euros para a Câmara Municipal de Coimbra. A forma como o Governo transferiu responsabilidades para as Câmaras Municipais tem de ser revista, para que sejam transferidos também os meios financeiros correspondentes.



No Metro Bus há muitos e graves problemas por resolver O Presidente da Câmara Municipal de Coimbra acolheu no salão nobre da CMC no dia 15 de novembro a cerimónia de assinatura do auto de consignação do troço Alto de São João – Portagem do Sistema de Mobilidade do Mondego, embora a CMC não seja signatária do contrato, mas sim a sociedade Metro Mondego. Manifestou a sua satisfação pelo avanço do projeto, mas expressou a sua “frustração pelo facto de este troço não ter sido melhor trabalhado”, pois falta uma paragem no Alto de S. João, na Praça 25 de Abril a obra é parcial, e de uma maneira geral a sua integração com a envolvente é muito incompleta. Em relação aos restantes troços, apontou a falta de integração com os outros meios de transporte públicos (SMTUC, transportes rodoviários suburbanos e interurbanos, táxis, etc), bem como a absoluta necessidade de servir o polo I, melhorar substancialmente a paragem junto à Praça 8 de maio, entre outros aspetos. Acima de tudo, expressou a sua total recusa de que a requalificação da estação de Coimbra-B exclua a paragem da Alta Velocidade, algo que nunca aceitará.


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