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IP3 já há muito deveria ter uma alternativa mais segura na ligação Coimbra-Viseu



José Mário Martins

A propósito de uma conferência conjunta dos Srs Drs Jaime Ramos (candidato à Câmara Municipal de Coimbra) e António Almeida Henriques (Presidente da Câmara Municipal de Viseu), publicou o Diário de Coimbra uma notícia que tinha como título “IP3 continua a ser estrada da morte” e como subtítulo “Jaime Ramos e Almeida Henriques exigem construção da auto-estrada entre Coimbra e Viseu”.

Na página de Facebook da sua candidatura, Jaime Ramos, a propósito do mesmo tema, afirma que “Quem cala consente, e Coimbra já consentiu muito.”

É verdade que o IP3 já há muito deveria ter uma alternativa mais segura na ligação Coimbra-Viseu, o que teria poupado muitas vidas.

Convém recordar que Almeida Henriques, para lá de deputado em várias legislaturas onde foi membro da Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, foi Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional ( sublinhe-se, do Desenvolvimento Regional) de um governo de maioria na Assembleia da República. Apesar de todos estes cargos, não se lhe conhece acção visível e relevante em prol da construção de melhores acessibilidades entre Coimbra e Viseu.

Já o Dr Jaime Ramos, também ele Deputado em várias legislaturas, Governador Civil de Coimbra e Presidente da Câmara de Miranda do Corvo tem, no seu currículo de Deputado, a apresentação de um requerimento ao Primeiro-Ministro, datado de 1995, em que afirma que “ O IP3 é fundamental ao desenvolvimento do eixo Coimbra-Figueira da Foz”.

Depois disso, Jaime Ramos teve marcada intervenção na defesa de uma via ferroviária para o eixo Coimbra-Lousã, diversas posições públicas sobre o projecto Metro Mondego e, até, sobre a A13. Contudo, quanto ao IP3, nada de substantivo, a não ser este súbito interesse, agora que é candidato a edil da cidade.

Por isso, não posso estar mais de acordo quanto à constatação de que “Coimbra já consentiu de mais”. Coimbra não pode consentir que tudo continue na mesma, entregue aos mesmos protagonistas. Mais do que consentir, Coimbra tem que eleger a mudança.

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