2ª parte da intervenção da vereadora Ana Bastos na Reunião de Câmara de 14 de setembro de 2020
E porque falamos de energia e clima, perguntamos quando é que a Câmara Municipal de Coimbra vai subscrever o Pacto dos Autarcas?
Esta iniciativa lançada na Europa em 2008, representa um compromisso político ambicioso que marca o início de um processo, de longo prazo, em que as cidades se obrigam a elaborar e implementar um Plano para o Clima e Energia, com o envolvimento e mobilização dos principais atores locais. Este Plano deve contemplar diversas ações de mitigação de emissões de CO2 e de adaptação às alterações climáticas. Atualmente já subscreveram o compromisso mais de 160 municípios portugueses, em que mais de 120, já apresentaram o seu plano. E Coimbra?
Em Coimbra, o processo chegou a ser iniciado em 2011, mas morreu sem que algum dia o plano de ação fosse submetido.
Desde março de 2019 que o ISR-UC (Instituto de Sistemas e Robótica) aguarda uma resposta desta câmara relativamente a uma proposta, onde este Instituto de Investigação e Desenvolvimento se propunha trabalhar com a CMC no sentido de desenvolver um Plano de Ação para a Energia Sustentável num projeto intitulado “Promover Coimbra através da Adesão ao Pacto de Autarcas”. Com um sim, ou um não, Sr. Presidente, responda por favor ao ISR. Caso a resposta seja negativa, deve esta Câmara procurar novos parceiros e avançar com o compromisso. É urgente retomar este processo, sem o qual a CMC se vai ver arredada de oportunidades de candidaturas a financiamento.
É, desde já, o caso do projeto “Ruas com vida/Living Streets” que disponibiliza apoios financeiros para os municípios que se proponham transformar as ruas num ponto de encontro sustentável. As candidaturas estão abertas até 9 de outubro de 2020, mas Coimbra está fora da corrida. Condição base: o município tem de ter aderido ao pacto dos autarcas.
Coimbra não pode continuar a desperdiçar oportunidades para se desenvolver e melhorar a qualidade de vida dos seus residentes! Coimbra tem de planear estrategicamente o seu futuro, num tempo onde as mudanças climáticas são o grande problema ambiental que a humanidade terá que enfrentar durante a próxima década!
Ler a primeira parte da intervenção da vereadora Ana Bastos aqui.
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