Imagem da "Coolectiva"
A Coolectiva perguntou aos diversos líderes políticos da cidade qual será a melhor estratégia para a Saúde em Coimbra, no âmbito da rubrica "Questões Coimbrãs".
José Manuel Silva, líder do Somos Coimbra, respondeu em nome do Movimento, num contributo que aqui transcrevemos:
«Resposta simples: já era bom ter uma estratégia qualquer, porque atualmente não tem nenhuma.
Os profissionais de Saúde sabem como Coimbra tem sido despromovida na área da Saúde, por desinvestimento, o que leva a que, por exemplo, os melhores candidatos aos internatos das especialidades médicas não escolham Coimbra, preferindo outras cidades, com sérias consequências para o futuro.
As Grandes Opções do Plano da Câmara para 2021 dedicam apenas 5 linhas e menos de 1% do orçamento ao objectivo 'Saúde', o que é demasiado pobre, referindo uma alegada 'Estratégia Municipal de Saúde', mas sem nenhum conteúdo programático. Constituído finalmente o Conselho Municipal de Saúde, que já antes tínhamos proposto, foi-o apenas pela obrigação de cumprir o DL 23/2019. Politizado, pouco eclético e presidido pelo Presidente da Câmara, não se espere deste Conselho o impulso renovador que Coimbra necessita, pois exclui a oposição e várias áreas do saber e secundariza o sector empresarial e as instituições públicas de saúde e do ensino superior.
Que estratégia?
Eleger para a Câmara um independente que saiba defender e lutar por Coimbra, exigindo um investimento na Saúde que permita que Coimbra continue a ser um dos três polos nacionais nesta área. Deslocalizar progressivamente para Coimbra o Ministério da Saúde e as suas principais dependências. Alargar a composição do Conselho Municipal de Saúde, unindo as maiores instituições e o sector empresarial, e definir uma estratégia calendarizada que ligue as ciências da Saúde, do Ambiente, do Urbanismo e da Inovação. Potencializar o saber de Coimbra apoiando um cluster na investigação farmacológica e biotecnológica. Dedicar toda a Quinta dos Vales à Saúde nas suas múltiplas polivalências e ao seguimento integrado do doente crónico. Num concelho envelhecido, considerar a Geriatria como área de diferenciação prioritária. Construir de imediato a nova maternidade. Instituir uma política municipal sistemática de promoção da Saúde e de literacia em Saúde.»
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