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Manuel Machado e Carlos Cidade sabiam que a STRA S.A. era liderada pelo filho de Jorge Alves


Fotografias retiradas do site oficial da CMC de um artigo entretanto eliminado


Uma reportagem transmitida ontem, dia 3, no “Primeiro Jornal” da SIC, veio trazer prova factual de que o Presidente e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado e Carlos Cidade, sabiam que a STRA S.A. estava a trabalhar para os SMTUC e que era liderada pelo filho e pelo sobrinho do ex-vereador Jorge Alves, pelo que não podem invocar ignorância do conflito de interesses no valor de mais de 200 mil euros que levou à demissão de Jorge Alves.


A SIC veio lembrar que, em agosto de 2017, os atuais Presidente e Vice-Presidente da CMC, este também da concelhia do PS, visitaram a STRA/Stratio Automotive, onde lhes foi apresentado o sistema de manutenção preditiva dos autocarros precisamente por Rui Sales, filho de Jorge Alves. As imagens veiculadas na reportagem da SIC, retiradas de um artigo do site oficial da CMC - entretanto eliminado - mostram essa visita. Recorde-se que a STRA/Stratio Automotive tem como presidente do Conselho de Administração, Rui Maranhas Alves da Luz Sales.


Esta questão demonstra claramente que Manuel Machado e Carlos Cidade estavam completamente familiarizados com os responsáveis da empresa em questão, o que invalida a tese avançada pela Câmara Municipal aquando da demissão de Jorge Alves, de desconhecimento da empresa e do negócio. Afinal, todos sabiam.


Desta forma, o Movimento Somos Coimbra entende que para além dos dois outros membros do Conselho de Administração dos SMTUC, os vereadores Regina Bento e Francisco Queirós, também o Presidente e o Vice-Presidente da autarquia devem aos conimbricenses rápidas e claras explicações sobre a sua participação nestas matérias. Regina Bento e Francisco Queirós aprovaram os contratos em causa, sendo diretamente corresponsáveis; Manuel Machado e Carlos Cidade estavam ao corrente de quem liderava a empresa adjudicatária, pelo menos desde a visita realizada em agosto de 2017.


Assim, o Somos Coimbra volta a reforçar a necessidade de uma auditoria externa e independente à gestão dos SMTUC, pois há mais dúvidas que se adensam sobre outros contratos e concursos e só assim será possível descortinar os graves problemas da estrutura, de forma a quebrar, rapidamente, a trajetória de decomposição em que se encontram os serviços em resultado de uma gestão muito incompetente e pouco ética.


O Somos Coimbra saúda ainda o facto de o caso já estar a ser investigado pelo Ministério Público, como sempre defendeu.





Somos Coimbra

4 de março de 2021



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