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Como pode a autarquia contribuir para a criação de emprego? - Contributo do SC para a Coolectiva


Imagem da "Coolectiva"


A Coolectiva perguntou aos diversos líderes políticos da cidade "Como pode a autarquia contribuir para a criação de emprego em Coimbra?", no âmbito da habitual rubrica "Questões Coimbrãs".


João Gabriel Silva, membro da Comissão Política do Somos Coimbra, respondeu em nome do Movimento, num contributo que aqui transcrevemos:


«Coimbra tem uma enorme falta de empregos no setor privado.


No setor público Coimbra tem muitos empregos, essencialmente nos setores da saúde, educação e justiça, mas infelizmente com tendência decrescente porque os empregos do Estado mantêm sempre alguma proporcionalidade com a população, e esta está a baixar rapidamente. Com efeito, de acordo com o Perfil Municipal de Saúde, apresentado pela Câmara Municipal de Coimbra há poucas semanas, a população do concelho de Coimbra diminuiu 8,3% de 2001 a 2019, enquanto no mesmo período Braga cresceu 11,3%, Aveiro cresceu 6,2%, Leiria cresceu 4,5% e Viseu cresceu 4,0%. Para defender os empregos públicos Coimbra tem de estancar o decréscimo populacional e voltar a crescer.


O fator decisivo para não perder os seus habitantes e atrair novos é a disponibilidade de emprego. Quando há emprego os residentes não saem e há pessoas de outras regiões que se mudam. Infelizmente a Câmara Municipal de Coimbra é bem conhecida pela sua atitude hostil à atividade económica geradora de emprego, criando todo o tipo de obstáculos ao investimento, em claro contraste com outras regiões do país, para onde esses investimentos se dirigem, como sejam as cidades acima referidas, entre muitas outras. A gestão autárquica tem de mudar radicalmente neste aspeto. A criação de emprego tem de passar a ser uma prioridade cimeira da ação da Câmara Municipal. Os empresários devem ser ouvidos regularmente para que, no que é a ampla área de intervenção da Câmara Municipal, as condições de investimento criador de emprego melhorem substancialmente. Os investidores provenientes de outras regiões, e do estrangeiro, têm de encontrar na Câmara interlocutores empenhados em os receber e resolver os problemas que qualquer novo empreendimento sempre encontra, para que sintam que têm na gestão da concelho o apoio necessário para ter sucesso nas suas iniciativas e escolham Coimbra.


Graças ao seu sistema de ensino superior e serviços de saúde de grande qualidade, boa infraestrutura cultural, boas condições ambientais, boa integração na rede de transportes nacional, Coimbra dispõe das condições estruturais necessárias ao investimento criador de emprego. O gargalo é a atitude da atual gestão autárquica, com tempos de resposta enormes e uma capacidade infindável para criar obstáculos a toda a gente, numa postura autoritária e centralista. A Câmara de Coimbra tem de deixar de ser um grande obstáculo a vencer, para passar a ser uma aliada empenhada dos investimentos criadores de emprego.»

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