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"Assumiremos o compromisso de promover o lançamento da tão necessária obra do 'Anel à Pedrulha'"


Posicionamento do Somos Coimbra sobre a Ligação entre as Circulares Interna e Externa – Acesso ao Hospital Pediátrico, apresentado na Reunião de Câmara de 8 de março. A proposta acabou por não ser votada e regressou aos serviços técnicos para clarificação


Esta ligação rodoviária é de extrema relevância para a cidade de Coimbra, designadamente para facilitar a ligação rodoviária entre a zona norte do concelho, a zona dos hospitais e a zona alta da cidade. Contudo, é certo que essa relevância se vai perdendo no tempo, à medida que evoluem as políticas de mobilidade urbana sustentável e a consolidação de projetos estruturantes, como o Sistema de Metro do Mondego, como alternativa às deslocações em veículo individual rodoviário.


Igualmente certo é que esta ligação apenas terá impactes positivos mensuráveis, designadamente no funcionamento do congestionado nó da casa do sal, se devidamente conjugada com a construção do "Anel à Pedrulha", conforme é reconhecido pelos serviços técnicos da Câmara na informação disponibilizada. Por isso e por diversas vezes, o Somos Coimbra tem identificado o "Anel à Pedrulha" como um dos projetos rodoviários prioritários para Coimbra.


Nesse sentido, o Somos Coimbra apoia a construção da ligação entre as Circulares Interna e Externa, desde que devidamente integrada numa calendarização faseada para a construção de todo o "Anel à Pedrulha", desde a N111 até à Circular Externa. Para isso importa que seja definido, por parte dos serviços técnicos, o faseamento da obra que mais beneficia a cidade, tendo por base os impactes previsíveis na melhoria da mobilidade e acessibilidade locais, servindo assim para priorizar a canalização dos investimentos, ao longo do tempo. Isoladamente, e apesar do seu elevado custo, estimado em mais de 3 milhões de euros, este trecho pouco ou nada contribuirá para atenuar os problemas dos pontos críticos da rede viária da cidade.


Por outro lado, importa ter presente que estamos, mais uma vez, a voltar atrás no tempo. Repesca-se o estudo prévio de 2003 e o projeto de execução de 2004 para esta ligação e omite-se e ignora-se o projeto de execução do "Anel à Pedrulha" elaborado e concluído em 2012 pela Grafermonte e pago pela CMC. Esse projeto, desenvolvido em consonância com a 1ª revisão do PDM 2014 em vigor, integra a construção de uma rotunda desnivelada sobre a circular externa, que permite uma ligação em viaduto ao Hospital pediátrico, com inclinações longitudinais moderadas e impactes ambientais mais reduzidos. Assim, não faz sentido alterar novamente o traçado sem que a proposta se faça acompanhar de uma análise comparativa de soluções devendo este executivo ser informado, não só sobre os custos envolvidos, mas também, entre outros, sobre os riscos de escorregamento de terras e impactes visuais resultantes de uma solução de nível, sobre as implicações que tal decisão possa assumir no plano de urbanização da zona de Lordemão e de eventuais compromissos assumidos pela CMC em termos de operações urbanísticas locais, quer ainda no traçado em planta e perfil longitudinal do trecho final do anel, na sua aproximação à Circular Externa.


Com esta nova solução estamos a deitar fora o projeto de execução do "Anel à Pedrulha", bem como o Plano de Urbanização de Lordemão. Voltamos à estaca zero!

Por se tratar de uma intervenção de custo elevado - mais de 3 milhões de euros - não faz qualquer sentido investir numa obra, que a prazo possa inviabilizar a construção de uma solução definitiva e eventualmente de melhor qualidade. Para isso, o Somos Coimbra considera que seria importante ter sido disponibilizado ao executivo o projeto de execução elaborado pela Pórtico - Gabinete de Engenharia a fim de se avaliar, mesmo que superficialmente o volume de terras envolvido, a necessidade de muros de suporte e os eventuais impactes previsíveis.


Neste contexto, o Somos Coimbra entende que antes de se avançar para a atualização do projeto e da correspondente atualização da caracterização geologia, deve ser promovido um estudo comparativo entre as duas soluções em causa, suportado por um estudo de impacte ambiental, que permita avaliar as instabilidades geotécnicas na encosta que suporta as fundações do Hospital Pediátrico, as perturbações no curso da Ribeira de Coselhas e os impactes visuais resultantes das movimentações de terras, designadamente da altura do talude de aterro na aproximação à rotunda junto ao pediátrico.


Ao ressuscitar um projeto de 2004, com as limitações, insuficiências e problemas acima referidos, apenas para a realização de mais estudos, sabendo que o seu impacto na melhoria do trânsito e mobilidade é reduzido e apreciando-se o modo como esta notícia foi transmitida à comunicação social, o PS demonstra que já está em plena campanha eleitoral, pelo que nada mais resta ao Somos Coimbra do que se abster nesta votação.


Porém, vamos mais longe, se ganharmos as eleições assumiremos o compromisso de promover o lançamento da tão necessária obra do "Anel à Pedrulha", essa sim, prioritária para Coimbra, conjugando-a de forma apropriada e funcional com a ligação da circular interna à circular externa, agora em análise.
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